Archive for setembro 2010

O risco que corremos...


Uma vez uma menina me disse que sentia como se todos nós estivéssemos à beira de um precipício. Houve uma época em que alguns passam por ela e se jogam, outros davam até um tchau e sorriam, tinha aqueles que pediam para que ela os acompanhasse. Mas ela continuava ali. Fazendo o que? Fazendo cálculos, vendo todas as possibilidades, todas as conseqüências do salto.

O coração por vezes queria pular, mas a razão a deixava firme no solo. Pensava, pensava e repensava...”Será que vai valer a pena?”, “E se não der certo?”. Ai passava alguém e dizia: “Arrisque!”. Então ela tomava bastante fôlego, mas na hora “h” dava para trás. Pedia para que colocassem cordas nela, para que se algo não desse certo ela pudesse voltar para o mesmo ponto. Mas os corajosos avisavam que uma vez saltado, não haveria volta.

Certo dia a menina sentou, chorou, gritou, brigou com seus medos e pediu para eles irem embora. Foi quando de repente um sábio rapaz sentou ao seu lado e lhe ofereceu a mão direita sem dizer nada. Ela, um tanto atordoada, falou sobre seus medos, disse que algo poderia dar errado e agradeceu ao rapaz, mas recusou sua mão. Ele então se colocou em sua frente, lhe ofereceu as duas mãos e disse: “Esse é um risco que você corre. Ficar aqui no alto sozinha com seus medos já é um dos maiores erros da sua vida”.

Ela então fez seus cálculos, viu todas as possibilidades, todas as conseqüências do salto, recusou novamente a ajuda do rapaz e finalmente pulou. Quando chegou lá embaixo que encontrou com o rapaz que também havia pulado, o abraçou e agradeceu. Ele, muito gentil, disse que não tinha o que agradecer, já que ela havia recusado a suas mãos. Ela respondeu que ele havia feito mais do que oferecer as mãos, tinha aberto seus olhos para o que havia naquele precipício, um vida inteira, cheia de altos e baixos que valiam a pena. E a partir deste dia, ela vive pulando precipícios, se machucando em alguns, mas sobrevivendo à todos, porque arriscar vale a pena.

Os homens que se cuidem!


Enquanto os homens pensam que as mulheres estão pedindo por igualdade entre os sexos, elas agem, e batalham para alcançar essa tal igualdade. Segundo dados do Programa Nacional de Amostragem por Domicílios (Pnad), do IBGE, divulgados na quarta-feira (15), dos 27 estados brasileiros em 19 as mulheres são a maioria à frente das despesas do lar, são as chamadas “chefes de família”. Ao todo são 22 milhões de casas comandadas por elas no país.

Em 2009, o número de mulheres à frente das residências cresceu 3% em relação a 2008, quase o dobro do crescimento obtido pelos homens, 1,8%. Nos últimos 10 anos, o aumento da taxa feminina foi de 81%, enquanto da masculina foi de apenas 15%.

De acordo ainda com a pesquisa, as mulheres também estudam mais que os homens. Em 2008 as mulheres brasileiras possuíam em média 7,4 anos de estudo e os homens 6,9 anos, sendo que o número inferior ao ensino obrigatório brasileiro até 2009 era de nove anos. E estima-se que até 2016 esse número passe para 14 anos.

Mas, apesar de todo esse esforço, o salário das mulheres ainda é inferior ao dos homens, elas recebem cerca de 67% do salário deles. O rendimento médio das mulheres aumentou 28% de 2004 a 2009, de R$ 613 passou para R$ 786, e o dos homens cresceu 21%, passando de R$ 964 para R$ 1.171, no mesmo período.

Enfim, os homens que se cuidem! Podemos não ganhar o mesmo que eles ainda, mas chegaremos lá,e quem sabe um dia sejam eles que estejam pedindo por igualdade, dizendo que são o sexo frágil.

Fonte: Ig, Eband, Universidade Livre Feminista

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