Archive for 2009

Cadê as palavras que estavam aqui?

Hoje me deu vontade de escrever tanta coisa, de falar sobre tantos assuntos. Fiz alguns "esboços" de rascunhos, gravei na memória algumas idéias, mas quando me dei conta o dia já tinha passado e tudo ficou pela metade.Nas páginas do meu caderno estão frases soltas, na minha cabeça pensamentos avulsos.
Então resolvi passar por aqui só para expressar minha frustração comigo mesmo e dizer que...
ODEIO QUANDO AS COISAS NÃO SÃO DITAS!

Bateu uma saudade...

Hoje deu saudade de muitas coisas, muitas pessoas, muitos momentos.

Queria poder por um instante voltar no tempo e reviver alguns momentos tão bons. Mas não posso.

Esse saudosismo todo porque resolvi mexer na minha “caixa de pandora”, onde guardo fotos, cartas e alguns segredinhos. Cada recordação que eu pegava, por mais simples que fosse tinha um sabor especial e uma história. São lembranças capazes de me arrancarem rios de lágrimas, algumas felizes (a maioria), outras nem tanto, mas sempre é bom recordar o que passou. Você lembra como chegou até aqui e quem sempre esteve ao seu lado.

Vi muitas pessoas que sempre estiveram sempre ao meu lado. Algumas seguiram outro caminho, pois estavam apenas de passagem, e outras continuam aqui. Alguns já devem ter me escutado falar nos meus grudes, Andréia e Paula, duas pessoas de extrema importância pra mim. E se vocês tivessem visto boa parte das recordações que eu vi e escutado algumas das histórias entenderiam por que elas são meus grudes. Pois na maior parte dos meus melhores momentos elas estavam ao meu lado e dos piores nem se fala! Tenho certeza que se existir vidas passadas nós estivemos juntas em todas elas!

Tenho muitas outras amizades que são tão especiais como elas. Se fosse começar a listar aqui vocês cansariam de ler nomes! São amigos desde quando era um bebê que estão longe e perto ao mesmo tempo, outros que com o tempo construí uma amizade belíssima e outros que foram chegando de mansinho.

Ao longo dos anos perdi algumas amizades em potencial. Pessoas que poderiam ter se tornado grandes companheiros, mas as escolhas não foram nem parecidas com a minha, e acabaram me decepcionando. Mágoas? Sempre há. Raiva? Nenhuma. Arrependimento? Jamais. A gente aprende a se conformar com as situações e com as escolhas de cada um, pois eu também faço as minhas e sei que nem sempre são as melhores nem pra mim.

Hoje, até as brigas que já tive me deram saudade. Que bom!

Preciso mudar...

Tenho tanto o que aprender que às vezes nem sei por onde começar. Tem certas coisas que são difíceis de mudar. Eu sou difícil de mudar.

Por que eu tenho que sofrer por antecipação? A ansiedade demasiada já faz parte do meu cotidiano. Eu estou sempre esperando por alguma coisa, planejando alguma coisa que pode acontecer num futuro bem distante. E do agora? Quem está cuidando? Porque eu ando muito ocupada com o depois de amanhã.

São respostas que ainda não chegaram, mas eu sei que vão chegar, doenças que ainda não apareceram e nem sei se vão aparecer (espero que não). São tantas coisas que podem acontecer amanhã que me falta tempo para ver o que pode acontecer agora.

Eu preciso mudar. Preciso parar com esse sofrimento de esperar pelo que pode ou não acontecer. Preciso me concentrar em criar a base para esses acontecimentos aqui no presente, ou me preparar para quando e se um dia receber uma notícia ruim eu possa resolver.

Do que adianta tentar remediar o que não existe? Descobrir o que não aconteceu? Por acaso sou alguma profeta? Infelizmente não. Ou será felizmente?

Questões, questões e mais questões! Isso anda sendo o alimento da minha alma, que a transforma em inquietude.

Eu sinceramente preciso mudar...

Mentes Psicopatas


Desde que a personagem Ivone, vivida por Letícia Sabatella na novela “Caminho das Índias”, apareceu, uma curiosidade sobre os psicopatas me “assombrou”. Digamos que fui ficando psicopata pelo assunto.
Comecei a ler sobre essa doença na revista Super Interessante especial sobre mentes psicopatas. E quanto mais eu lia, mais impressionada ficava, pois achava que todos os psicopatas eram assassinos. De acordo com os dados apresentados na revista, 1 a cada 20 mil são assassinos seriais e 20% dos presidiários são psicopatas.
A maioria deles não são assassinos. Contudo, eles possuem uma boa lábia, mentem sem limites, não sentem culpa, empatia ou vergonha. São impulsivos e tem sede por adrenalina, por quebrar regras. São pura razão e nenhuma emoção, o que explica muita coisa.
O psicopata pensa somente nele e em seus benefícios, vê as pessoas como meros objetos para sua satisfação. Como não sente empatia, não sabe o que é estar no lugar da vítima, por isso não sente remorso.
Não adianta prender, medicar, nada! Já nasceram assim e vão morrer assim. Desde a infância já apresentam os primeiros sinais, porém, estudos comprovam que 50% deles reduzem sua atividade criminosa após os 40 anos.
No Brasil, há um caso que ficou conhecido, o do advogado Alessandro Marques Gonçalves, que clonou documentos de um médico ortopedista e foi trabalhar em dez hospitais de Minas Gerais e São Paulo, deixando mais de 20 aleijados. Em 2006 foi pego, e neste mesmo ano, só em São Paulo foram encontrados 30 médicos falsos.
Outro caso foi a da Argentina Yiya Murano, que convidou três amigas para um chá temperado com cianureto. As amigas haviam confiado suas economias para que ela aplicasse no mercado financeiro. Aos 49 anos, Yiya foi condenada a prisão perpétua pelo assassinato das aposentadas.
Na revista tem muitos outros casos e bem macabros! Como de crianças que são o demônio. E fala também muitas outras coisas sobre essas mentes perigosas. Infelizmente não dá pra botar tudo aqui.
Bom...e para quem espera que Ivone se arrependa de alguma coisa, pode desistir! Ela não faz idéia do que seja isso.
Ah! E provavelmente, cada um de nós já deve ter esbarrado com algum psicopata na rua ou até mora ao lado, ou quem sabe dorme ao lado!

O curioso caso de Max Tivoli.


Este ano, andando pela bienal do livro encontrei, largado no meio de tantos outros, o livro “As confissões de Max Tivoli” de Andrew Greer. A princípio me encantei com preço do livro (R$: 5), mas depois de ler a sinopse tive a certeza que era para levá-lo pra casa. Ainda bem!
Quando comecei a ler, vi que a história era muito parecida a de um filme que estava fazendo o maior sucesso, “O curioso caso de Benjamim Buton”. Eu ainda não tinha assistido ao filme, mas o pouco que sabia da história me deixou intrigada, e me perguntava como podia um filme e um livro que aparentemente não tem nenhuma relação serem tão parecidos.
Comecei a pensar que seria um caso de plágio, mas quem estaria plagiando quem?
De acordo com o autor do livro ele não tinha ouvido falar na história de Fitzgerald (conto cujo filme foi inspirado) quando seu livro foi publicado em 2004. E quando viu o filme não viu a mesma história apesar das semelhanças. Quem quiser ver essa entrevista é só entrar na página
Bom, para que o leitor me entenda melhor, vamos a história do livro. Max Tivoli nasceu velho e seu pai o declarou um nisse, uma espécie de monstro da mitologia dinarmaquesa. Mas ao passar dos anos ele ia crescendo e rejuvenescendo. Contudo, apenas seus pais, sua ex babá e seu melhor amigo Huguie, sabiam de sua condição e idade, pois para os outros ele vivia de acordo com o que aparentava.
O maior problema da vida de Max foi o amor, que descobriu ainda na adolescência. Alice era o nome dela. Mas com uma fisionomia de um senhor de 60 anos acabou amante da mãe dela, e certo dia seus destinos pegariam caminhos diferentes. Mas anos depois com uma aparência bem mais jovem ele teria oportunidade de encontrá-la novamente. E o que acontece? Ele revela sua verdadeira idade? Ele fica com ela? Só lendo o livro para saber.
E uma coisa posso te garantir, tem muito mais emoção e é um caso bem mais curioso que Benjamim Buton. Até por que a vida de Max não tão fácil que a de Benjamim, ele tinha que viver no anonimato até para a mulher que amava.
E quando as semelhanças, talvez sejam apenas semelhanças, ou não.

Clichê

Silêncio...
São 23h44 e todos estão dormindo. Os únicos sons que escuto são o “tic tac” do relógio e “tac tac” das teclas que empurro tentando juntar essa letrinhas para dizer alguma coisa de útil.
Poderia falar sobre a política no Brasil, mas esse assunto anda muito clichê, afinal todos sabem que nunca dá em nada! E por favor, se você acredita que Sarney vai descolar suas nádegas da cadeira no senado, é por que já viu o Papai Noel! Mas sinto dizer que ele era apenas seu pai tentando te enganar, assim como o Sarney que diz que não sabia de nada... Ninguém nunca sabe!
Poderia falar também sobre religião, mas também já virou um clichê!
Percebi que a maioria dos assuntos já viraram clichês. No jornal impresso, revistas, telejornais e qualquer outro meio, as noticias são as mesmas todos os dias, só muda os protagonistas e coadjuvantes. Às vezes até me da preguiça de ler uma revista ou ver um jornal.
Mas será que ninguém tem outra coisa pra falar? Pior que tem, mas a desgraça humana vende mais. Então, a partir disso mudamos a pergunta para “Será que ninguém cansa de ver sempre a mesma coisa?”. Eu respondo que sim, porque eu já cansei, mas apenas minha opinião não vale.
Eu concordo que a imprensa deve noticiar o que acontece pelo mundo, mas será que só tem desgraça? É claro que não...
Mas alguém pode dizer que eles falam coisas boas. É verdade, uma vez na vida isso acontece. A não ser que você considere o fato de alguma celebridade ter ido ao supermercado uma boa notícia. Para mim, nem noticia isso é.
Eu nem entendo como isso vende?
E as receitas milagrosas para emagrecer em uma semana?! Qualquer dia você vai chegar na banca de jornal e vai se deparar com uma revista estampando na capa uma receita para emagrecer em 1 hora.
Outro problema das revistas são as receitas loucas e milagrosas para emagrecer, pro cabelo, rosto e corpo, além das inumeras simpatias que nunca dão certo e o horóscopo que nunca diz nada. Neste caso não é só inutilidade, é futilidade também. Mas a gente gosta e acredita em tudo isso. Contudo, tenho que fazer uma observação sobre as revistas masculinas (não são apenas de mulher pelada não!) que possuem um conteúdo muito interessante, e acabam sendo melhores que as femininas.
Bom, chego a conclusão que o problema não é a falta do que falar, mas o que eles pensam que nós queremos ver e ouvir. E na verdade é isso que queremos ou aparentamos querer. Já estamos condicionados a se interessar pela desgraça alheia, e na hora da notícia boa a gente pula a página ou muda de canal.
Enfim, o problema é nosso, é sempre nosso! A inutilidade dos meios de comunicação é nossa culpa, pelo menos em parte. E a gente mesmo não gostando continua em silencio, assim como esse da meia noite.

complicado...somos nós!

Sabe aquele dia que você sente vontade de fazer algo, mas não sabe o que é?
Esse é o meu dia. Na verdade, meus dias andam sendo assim.Mas nem por isso eles são tristes, pelo contrário.
Quando a gente tem certeza de tudo ou quase tudo as coisas perdem a graça, e você acaba dizendo que nada acontece na sua vida.
Bom mesmo é quando não sabemos muito das coisas, e aí procuramos descobrir e isso vai dando um sentido para tudo, a monotonia acaba indo embora. Só que às vezes tudo sai do nosso controle, e nosso “caça ao tesouro” se torna um “labirinto” cheio de obstáculos. Confesso que para sair é mais complicado do que pensamos, mas no final conseguimos, e como estamos cansados, a única coisa que queremos é ter certeza de tudo, porque não saber das coisas é muito complicado.
Acho que complicado mesmo somo nós! Nunca sabemos o que queremos, o que é melhor. Uma hora achamos que o mar calmo é mais bonito e no outro ficamos sentado na beira da praia esperando altas ondas para salvar o dia.
Não há receitas para tudo ser fácil e bom ao mesmo tempo, não adianta ir ao google e procurar textos de auto ajuda ou comprar algum livro do tipo “seja um vencedor e mude sua vida em 2 dias” (nada contra eles, mas também nada à favor). Nada que as pessoas digam ou escrevam vai resolver seus problemas, porque não há ninguém isento de conflitos, que nunca topou com uma pedra por menor que seja.
No fundo, eu gosto dos meus conflitos, e olha que são muitos! Mas (me perdoe pelo clichê que vou usar), ninguém disse que seria fácil. Ainda bem.

"O cara!"

Barack Hussein Obama. Há alguns meses ele era “O Cara!”, hoje, ele está se tornando apenas “um cara!”. Mas por que?
Porque as pessoas perceberam que ele não faz milagre? Que não se resolve uma crise em um mês? Ou porque estrelas vêm e vão?
As pessoas demoram muito para perceber que não vivemos um conto de fadas. E que nesse caso, Obama não é o príncipe encantado que veio libertar sua princesinha, os Estados Unidos, das garras da “brusha” má.
Esperamos demais de nossos futuros presidentes. Não que seja errado, mas a gente sempre se decepciona depois. Tanto que, com o presidente Lula foi a mesma coisa. Quando foi eleito e não fez sua mágica para resolver todos os problemas do país, a mídia e boa parte da sociedade criou um incêndio. Mas não conseguiram queimá-lo, como prova disso ele foi reeleito.
É verdade que Lula não cumpriu com boa parte de suas promessas. Mas também é verdade que nenhum político cumpre. E achar que tudo vai ser diferente é um pouco de utopia, até porque um governo não depende apenas de um só membro, mas de vários, principalmente da sociedade, que se preocupa mais em reclamar do que fazer.
E não pense que Barack Obama vai cumprir todas as promessas.Talvez nem seja porque ele não quer, mas por outros motivos, como não ter meios. Tanto que, uma das principais dificuldades que seu governo está enfrentando é a falta de aprovação para seus projetos.
Não esperem também que o novo presidente dos Estados Unidos faça uma revolução no mundo. Ela pode até acontecer, mas não esperem tanto, e nem vai ser de um dia para o outro. Pois o maior problema do mundo nem o país dos super-heróis pode resolver. Mudar a mente humana.
Obama não ganhou o Oscar e nem seu nome na calçada da fama, ele também não é um astro de Hollywood, apesar de alguns tratá-lo assim, mas ainda há muitos anos pela frente para mostrar todo seu brilho e competência. Pois nas entrelinhas de seu nome e história há a palavra Esperança. A esperança de todo um país, de milhares pessoas pelo mundo e de um povo com uma história de luta, sofrimento e orgulho de ser negro, assim como ele.

Oãsufnoc

Olho para os lados e não vejo a saída.
Não há nada ao meu redor.
Não há ninguém.
Então pego meu papel e minha caneta
E faço das palavras o meu alento
Mas no momento elas estão confusas.
Não há ordem nem direção, apenas uma singela confusão.
Suplico, então, por um pouco de ar, mas até isso me falta.
E enquanto isso vou me embebedando da nostalgia de outros dias,
Esperando que o amanhã seja como me disseram,
Um dia feliz.

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