Archive for 2011

Confesso que estou morrendo de saudade


Vou-lhe confessar aqui, neste breve instante, que ontem eu gritei, ou melhor, berrei aos quatro cantos, só para que todos soubessem que eu estava morrendo de saudade. Queria que todos ouvissem o motivo ao qual eu logo virei a óbito. Sofro desta doença tão comum, a saudade, mas meu caso é grave, está num estágio avançado e sinto que não há mais cura.

O que aconteceu foi que certa vez resolvi experimentar uma droga, bem antiga e conhecida por muitos, o amor. Viciei-me no primeiro milésimo de segundo, e quando dei por mim não conseguia mais viver sem, queria amor o tempo todo e fazia qualquer coisa para tê-lo, rasguei minhas roupas, vendi minha alma, e no ápice do desespero me prostitui, mas apenas para um homem, o pior de todos, o mais cruel, o único que era capaz de me fornecer essa droga, era uma espécie de traficante.

Eu me lambuzava, entrava em êxtase, jamais havia experimentado sensação como aquela, era mais que um paraíso, algo que tirava meu controle, minha razão, meu ar. Minha fome era de amor, minha sede de mais amor, eu só pensava nisso e naquilo. Mas certo dia o amor acabou, o homem ao qual eu me dei por inteira disse que não havia mais para me dar. Perdi o chão, entrei em desespero, e então resolvi procurar em outros, mas ninguém tinha o amor que eu queria.

A parti desse dia vivo doente, sofro do mal da saudade, que vem me matando de mansinho, me sufocando devagarzinho, sinto que já não posso mais agüentar. Então, se não me encontrares mais saberás que eu já fui, que não suportei viver sem amor, e a saudade que ele me deixou por fim me matou. Mas acredite, tentei ser forte, mas meu corpo, mente e coração não me pertencem mais, foi entregue a um homem, apenas um, que não soube me dar todo amor que precisava.

Ansiedade, um problema

Ansiedade: s.f. Angústia, aflição, grande inquietude. Desejo veemente, impaciência, sofreguidão, avidez.

Essa descrição parece muito, não? Na verdade não. Todos passamos por momentos de ansiedade na vida, é normal e natural. Mas há algumas pessoas que sofrem deste mal, esse sentimento se torna um transtorno, é um estado psíquico que a depender do grau pode levar a muitas outras coisas como ataque de pânico e depressão.

A ansiedade me acompanha desde cedo, está comigo todos os dias, as vezes mais intensa outras vezes branda. Não cheguei ao ponto de ter ela como uma doença, mas um alerta, algo que me incomoda e é difícil de controlar. As sensações que ela provoca em mim são difíceis de explicar, mas junto com uma angustia e um aperto no peito, sinto falta de ar, taquicardia, enjoos, uma imensa vontade de chorar e pensamentos negativos. Acho que é mais ou menos isso.

A ansiedade não tem cura, mas tem controle. É preciso uma cabeça boa para entender que isso não representa você, que você é mais forte que o que está sentindo, que deve manter a calma e procurar respirar. È necessário que você saiba que é maior que qualquer problema, que tem força para enfrentar o mundo se for preciso.

Sabe por que eu resolvi escrever sobre a ansiedade? Porque hoje eu acordei com ela. Passei o dia angustiada, com medo de várias coisas, sofrendo por antecedência, e depois de tentar me distrair com diversas coisas, eu achei melhor escrever sobre ela, até porque, escrever sempre acalmou minha alma e coração.

E talvez você nunca tenha reparado que tem os mesmos problemas. Esse é um problema comum, que o quanto antes for percebido melhor, pois te dá uma chance de entender e controlar, antes que ele controle sua vida e se torno outras coisas. Conheço mais de um caso de pessoas que tiveram ataque de pânico, chegando ao ponto de pensar que vai morrer. Este não é o meu caso, graças a Deus!

Mas antes de descobrir que eu passava por isso, desmaiei duas vezes, e no meio da rua, deixei de me dar bem em provas e outras coisas. Depois que comecei a frequentar um psicólogo por outros motivos, que descobri o meu problema e comecei a entender como as coisas funcionam.

Para mim, a ansiedade é como uma droga que vai me acompanhar pela vida inteira. Mas no meu caso eu sou mais forte que ela e consigo superá-la. Tanto que agora me sinto bem mais calma.

Para você entender melhor é só ler essa matéria da Istoé (clique aqui)

Por que eu tenho que aceitar?

Se tem uma coisa que me deixa irritada é a irresponsabilidade. Mas pior que isso é as pessoas acharem normal e ainda esperarem que a gente se acostume com isso, pois ainda vamos encontrar com muitas pessoas assim na vida. Eu me recuso a aceitar!

Acho que é justamente pelas pessoas aceitarem e ainda darem crédito para pessoas assim que as coisas não mudam. E não é só no quesito da falta de responsabilidade não, em muitos outros. Muitas coisas nessa vida estão fora do controle porque as pessoas se acostumaram, e sempre dão a desculpa de “é assim mesmo”. É assim porque deixamos que seja!

Eu sei que ainda vou me esbarrar com diversos tipos de pessoas que não vão agir de forma correta comigo, infelizmente, mas isso não quer dizer que eu simplesmente devo respirar fundo e achar normal, deixar pra lá. Se fosse por isso eu não veria razão para agir de forma correta com os outros. Não estou dizendo que sou perfeita, cometo erros, mas procuro ao máximo respeitar as outras pessoas e cumprir com minha palavra.

E espero que quando eu estiver errada e principalmente desrespeitando alguém, que não seja aceito, que reclamem comigo, pois eu não quero ser o tipo de pessoa que não tem credibilidade com ninguém, que não pode esperar nada dos outros porque eles já não esperam nada de você.

Reclamar é facil! Se acomodar também!

Cada dia é um escândalo novo no Brasil. É como se fôssemos vítimas de violência doméstica e todos os dias alguém desse um tapa na nossa cara, um sôco no nosso estômago e um chute em nossa bunda. E sabe o que fazemos? Choramingamos.

Alguns dizem que já estamos acostumados com toda essa corrupção e falta de vergonha na cara das pessoas que governam nosso país. Mas não acredito que seja isso, acho que o adjetivo correto para nós brasileiros é acomodados. Ficamos esperando que todos os outros se juntem para mudar a realidade, e que de preferência sejam os jovens, porque eles é que são o futuro do país. 

É de tanto pensar no futuro que não fazemos nada pelo hoje. E sobre os jovens não fazerem nada, eu tenho uma teoria que não explica toda a culpa por não se rebelarem, mas justifica uma parte. Crescemos (me incluo nisso) ouvindo histórias da época da ditadura, das diretas já e até do impeachment de Collor, de como os jovens desse país lutaram. Mas o detalhe é que a maioria dos pais não criaram seus filhos exemplificando a coragem das pessoas que foram as ruas por um país melhor. Na verdade escutamos sobre o horror do período, das torturas e das pessoas que nunca mais apareceram.

Até hoje vemos mães que não sabem o paradeiro dos seus filhos, que nunca tiveram e nunca terão um corpo para poder finalmente enterrar. E nossos pais não esperam esse destino para nós e nem querem passar por esse sofrimento, por isso nunca fomos encorajados a lutar. Se chegamos em casa e falamos que participamos de uma manifestação eles já ficam apreensivos. Ou seja, nossa criação foi em parte protetora de mais.

Mas isso não quer dizer que somos covardes. É ai que eu volto a questão do acomodados, pois não somos capazes de nos unir e se rebelar, de enfrentar qualquer coisa. Você pode até pensar que ultimamente estão acontecendo muitas manifestações, mas nenhuma significativa, que movimente o país inteiro. A não ser pelas redes sociais, que são de extrema importância como ferramenta para a comunicação, mas não resolvem o problema. O Trending Topics (TT’s) do Twitter não vão tirar ninguém do poder.

Certa vez conseguimos acabar com uma ditadura e depois tirar um presidente. Por que não podemos tirar um prefeito, deputado, senador, vereador ou governador? Somos nós que colocamos eles lá, somos de certa forma o patrão dessas pessoas. E acho que se os brasileiros se juntassem para botar pra fora a “bandidagem”, as coisas iriam melhorar.

Além disso, teríamos que parar de se contentar com a ajuda do governo como Bolsa Família, ele é muito importante, mas não tem que ser para sempre, e as cotas não diminuem o preconceito, elas reafirmam que alunos de escolas públicas não estão no mesmo nível que o da particular. Não que elas não tenham ajudado muita gente, mas também não tem que ser pra sempre, o que precisamos é de qualidade, principalmente na saúde e educação.

Reclamar será sempre mais fácil que fazer, mas pagamos um preço muito alto e não temos tanto retorno assim. Temos que prestar mais atenção no país, que está crescendo, precisamos crescer junto com ele.

Profissão: Amante

Não quero ser o mensageiro de coisas tristes, nem o mensageiro do coração partido. Na verdade nem quero ser mensageiro. Eu apenas quero amar e dar amor, isso sim é algo que quero! Quero viver de amor!

Pensando nisso, acho que vou fazer uma revolução nesse mundo caduco, vou regulamentar a profissão do amante, não essa que não é vista com bons olhos e que destrói relações. O amante que vos falo é apenas um ser com amor de sobra, e que de bom coração distribui ele para as pessoas sem cobrar nada em troca, e sem destruir ou levar sofrimento algum. Ao redor do amante só existirá amor, qualquer forma de amor e para qualquer pessoa que precise dele.

Ele dará amor de mãe, de pai, de filho, de irmão, de amigo, de alma gêmea, enfim do que for necessário. Ele trará felicidade, euforia, paixão, compaixão, realização e humanidade. Ele fará desse mundo tão carente de amor, um mundo melhor.E quem sabe essa não seja a solução dos problemas? Porque como dizia o sábio Carlos Drummond de Andrade: “o desperdício da vida está no amor que não damos”.

E para ser um amante não será necessário nenhum curso, nem mesmo ser estudado, não terá que fazer nenhuma prova e nem aprender as Leis de Newton ou saber o que Freud dizia. A pessoas que se candidatar ao cargo terá apenas que ter todo sentimento bom do mundo em suas mãos.

A diferença entre admiração e assédio


Hoje li uma coluna do escritor Antônio Risério, no jornal A Tarde, que falava sobre o assédio verbal feito pelos homens às mulheres. Concordo quando o Risério diz que “não devemos cair na obsessão jurisdicista norte-americana de enfiar todo tipo de assédio erótico num mesmo saco”. Nós mulheres gostamos de sermos admiradas e desejadas, isso é instintivo, peça que já vem de fábrica. Contudo, algumas vezes a forma que os homens encontram para nos admirar pode ou não caracterizar um assédio.

Tem dias que acordamos e tudo parece errado. O cabelo está horrível, é melhor prender. A barriga está enorme, é melhor colocar uma blusa preta no estilo batinha, bem folgada. Para o rosto bastante maquiagem e não se pode esquecer de botar a lixa de unha dentro da bolsa. Nesses dias, saber que mesmo estando “horrorosa” alguém ainda nos acha “bonita, maravilhosa e gostosa” é como um prêmio, alimenta o ego.

Ser admirada não se encaixa em nenhum tipo de assédio. Mas como toda questão tem seu porém, o desta é o simples fato de que tudo é a maneira como se faz ou fala. É desconfortável passar em frente a uma obra, oficina ou buteco e ouvir palavras chulas e algumas vezes pornográficas.

Nem sempre a admiração que procuramos está ligada ao sexo, não esperamos que todos os homens queiram transar com a gente, mas queremos que todos nos achem bonitas. Quando nós passamos, as vezes, parece que o homem está tendo aquela imagem clássica de alguns desenhos animados, do frango assado cheiroso e suculento pronto para ser devorado.

São as atitudes vulgares e desrespeitosas que caracterizam o assédio. Ao invés de fazer com que a mulher ganhe seu dia e retribua a admiração, faz com que ela repudie o homem, tenha raiva e até nojo. Claro que há exceções, existe mulheres que gostam desse comportamento, que não cabe serem julgadas neste momento e nem merecem um espaço no texto, mas acredito que a maioria preza pelo respeito e boa educação. Se for para falar besteira é melhor que fiquem calados.

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