Prostituição: Qual a chave dessa algema?

Posted by on sábado, 3 de julho de 2010

Segundo um relatório divulgado na Espanha pela Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 140.000 mulheres são vítimas de exploração sexual na Europa Ocidental. E acredita-se que anualmente 70.000 novas mulheres chegam à região e substituem as antigas em bordeis, casas de massagem e residências.

A região do Bálcãs é o principal destino, abrigando 32% da parcela total. E de acordo com a ONU, estima-se que essas mulheres façam em torno de 50 milhões de programas por ano, a 50 euros em média por cliente (aproximadamente R$109). O que representa uma movimentação na economia de 2,5 bilhões de euros por ano (aproximadamente R$ 5,47 bilhões).

A porta de entrada


Essas mulheres são escravas sexuais e vítimas de uma rede criminosa, o tráfico. Elas entram nesta rede, em sua maioria, enganadas, vendidas por familiares e “amigos” de seus países de origem ou atraídas por falsas promessas de emprego, casamento, vida artística, concursos de beleza e agenciamento de modelos.

Esses traficantes, que ao contrário do que muitos pensam, nem sempre são homens, maltratam essas mulheres, que ficam presas a um sistema imundo, onde são obrigadas a se prostituir. Além de ficarem aprisionadas aos seus “cafetões” com dívidas absurdas, como as despesas de tirá-las de seu país de origem para o “inferno”. E para sobreviver a tudo isso, a maioria delas acabam se drogando.

Em seu relatório, a ONU destaca ainda o aumento de mulheres provenientes da China, Camboja e Vietnã. Entre as brasileiras há também um aumento no número de casos, sendo originárias, em sua maioria, de regiões pobres do norte do Brasil, como do Amazonas, Pará, Roraima e Amapá.

Os Consumidores

Entre os consumidores desse serviço, os espanhóis são os que mais se destacam, cerca de 39% dos homens reconhecem já ter pagado por sexo. Um percentual atípico para Europa, segundo a ONU. A Suíça fica em segundo lugar com 19%, seguida da Holanda com 14% e da Suécia com 13%.

Na divulgação do relatório, o diretor-executivo das Nações Unidas de Controle de Drogas (UNODC), afirmou que “Os europeus acreditam que a escravidão foi abolida há centenas de anos. Mas olhem em volta - os escravos estão em nosso entorno. Precisamos fazer mais para reduzir a demanda por produtos feitos por escravos e por meio da exploração".

Confira o site da UNODOC: www.unodc.org

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